

DOCE VAMPIRO
(1984)
De Carlos Carvalho
Direção: Isnard Azevedo
Elenco:
Bernadete Miranda
César Refosco
Ivan dos Santos
João Vieira
José Pio Mattos Borges
Loni Casagrande
Margareth Westphal
Marjorie Costa
Rosana Stopazzolli
Sylvio Mantovani
Tânia Kuhnen
Doce Vampiro é uma sátira política sobre a ocupação cultural e econômica da América Latina. O espetáculo desenvolve-se no país fictício das Bananas, onde a família do Conde Drácula se muda para poder sobreviver, já que em sua terra natal o sangue já foi todo sugado. São estabelecidas assim, relações de poder entre um operário chamado Brasiliano e as forças econômicas internacionais.
Doce Vampiro aborda com humor, profundas questões humanas e temporais: Humanas, porque coloca a exploração do homem pelo homem, e temporais, porque nesta instância se inserem as grandes questões nacionais terceiro-mundistas do Brasil.
A montagem permite ao Grupo avançar em suas investigações acerca da liberdade de criação, apostando no trabalho do ator e na ocupação de espaços cênicos alternativos.
A montagem do Grupo utilizou pela primeira vez a Sala Multimídia do CIC – Centro Integrado de Cultura como espaço cênico. Foi o maior sucesso de público do Grupo, mantendo-se em cartaz por longas temporadas e recebendo diversos prêmios em Festivais de Teatro.
CONCEPÇÃO DO ESPAÇO CÊNICO
Este espetáculo retoma para o Dromedário Loquaz, a questão cênica centrada na diferenciação entre TIPO e PERSONAGEM. O texto permite uma continuidade neste exercício de criação tanto para os atores como para a direção.
A narrativa caricata buscava um espaço adequado.
O encontramos no auditório da Escola de Música do Centro Integrado de Cultura em Florianópolis. Um espaço extremamente interessante, de forma quadrangular, com um pequeno palco em um vértice e com escalonamento suave para colocação de cadeiras para ensaio com instrumentos.
Foi acrescentada uma passarela ligando o palco com a circulação por trás do último desnível, criando-se desta forma os seguintes espaços de representação:
- Palco
- Passarela
- Espaço por trás do público
- Todas as combinações possíveis
O espetáculo possibilitava mais uma vez, um contato direto entre atores e público, mas aqui com uma diferença mais acentuada, uma vez que a plateia sentava-se diretamente nos desníveis mencionados, sem cadeiras. O público então era envolvido pela representação, de uma maneira muito peculiar, numa relação física que evidenciava aspectos de representação em “cena italiana”, em “semi-arena”, ou ainda de participação ou mesmo “elisabetano”.
(Texto de Isnard Azevedo em trabalho acadêmico para a disciplina As Concepções do Espaço Cênico, do professor Clovis Garcia – Escola de Comunicação e Arte – ECA, 1990)
Ficha Técnica
Ambientação: Isnard Azevedo e Sylvio Mantovani
Figurinos: Isnard Azevedo / Trama Confecções
Musicas: Nelson Coelho de Castro:
Iluminação: Carlos Falcão
Maquiagem: Mauri Lameiro
Trabalho Corporal: Bernadete Miranda
Festival Nacional de Teatro de São Mateus/ES
Melhor Cenografia: Isnard Azevedo
XII Festival Nacional de Teatro Amador de Ponta Grossa/PR
Participação
Apoio Cultural: Secretaria de Comunicação Social
Secretaria de Cultura Esporte e Turismo
Fundação Catarinense de Cultura
SC Santa Catarina
RBS TV










